Estudo retrospectivo do uso de bevacizumabe intravítreo em um hospital público da Argentina
DOI:
https://doi.org/10.70313/2718.7446.v17.n02.323Palavras-chave:
bevacizumabe, injeções intravítreas, retina, saúde pública, medicamentos off-labelResumo
Objetivo: Descrever os resultados obtidos com o uso de injeções intravítreas de bevacizumabe para patologias vitreorretinianas.
Materiais e métodos: Estudo retrospectivo unicêntrico que examinou a evolução de pacientes que receberam pelo menos uma injeção intravítrea de bevacizumabe entre fevereiro de 2021 e março de 2024. Foram coletadas informações sobre idade, sexo, diagnóstico, melhor acuidade visual corrigida inicial e final, alteração em pelo menos um décimo, adesão ao regime de tratamento, motivo da interrupção do tratamento, espessura macular inicial e final e eventos adversos graves.
Resultados: O estudo incluiu 84 olhos de 77 pacientes com idade média de 56,3 anos (variação: 23-89). Foram administradas 218 injeções, com uma média de 2,56 injeções por olho e 2,8 por paciente. As principais patologias tratadas foram edema macular diabético (34,52%) e edema macular secundário a oclusões vasculares (33,3%). O esquema primário de 3 doses foi concluído em 72,62% dos casos. Foi observada melhora na acuidade visual em 72,1% dos pacientes com redução da espessura macular média de 110,74 µm. Os efeitos adversos graves foram raros, com um caso de hipertensão arterial (0,4%) e um caso de descolamento de retina regmatogênico (0,4%).
Conclusão: O tratamento com injeções intravítreas de bevacizumabe foi seguro e eficaz na melhoria da acuidade visual em patologias vitreorretinianas e foi além disso, uma estratégia benéfica em termos de custo no contexto da saúde pública.