Edema macular diabético

revisão sistemática de seu tratamento invasivo 2023-2024

Resumo

Objetivo: Rever as evidências atuais sobre a eficácia
de diferentes tratamentos invasivos para o edema
macular diabético.
Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão
sistemática que incluiu estudos que analisaram
terapia intravítrea (anti-VEGF, corticosteróides)
e laserterapia. Foi utilizado o PubMed, incluindo
apenas revisões sistemáticas e metanálises dos
anos 2023 e 2024. Em cada trabalho foram avaliados
a quantidade de estudos incluídos e olhos tratados,
o tempo de acompanhamento, o tratamento
ou procedimento utilizado e o resultado anatomo-
-funcional.
Resultados: foram incluídas 13 revisões sistemáticas
e meta-análises publicadas entre 2023 e 2024,
que juntas analisaram 168 estudos com um total
de 26.189 olhos tratados com anti-VEGF isolado
ou em combinação com laserterapia ou corticosteróides,
com intervalo de 55 días até 24 meses
de acompanhamento. O tratamento a laser para
EMD foi utilizado em 4 estudos que expressaram
melhora anátomo-funcional, combinando laser
de micropulso subliminar e anti-VEGF, incluindo
menor necessidade de injeções intravítreas aos 12
meses. Os corticosteróides (implantes de dexametasona
ou injeções de triancinolona), isoladamente
ou em combinação com anti-VEGF, tiveram mais
complicações (hipertensão ocular e catarata). O
anti-VEGF demonstrou melhora anátomo-funcional
mesmo aos 24 meses; não foram encontradas
evidências de superioridade anatômica funcional
entre os anti-VEGF avaliados.

Conclusão: Os anti-VEGF alcançam melhorias
anátomo-funcionais no EMD sem conseguir demonstrar
que um é superior ao outro neste aspecto.
O anti-VEGF combinado com o tratamento com
laser de micropulso subliminar diminui o número
de injeções necessárias. A utilidade do anti-VEGF
combinado com corticosteróides nas suas diferentes
apresentações intraoculares não é clara devido
aos seus efeitos adversos.