Rosácea ocular pediátrica: caso clínico

Guillermo Raúl Vera-Duarte; Martín Fernando Arrúa-Caballero; Enrique Escurra Meza; Luis B. González-Sanabria

doi:10.70313/2718.7446.v15.n04.195

Autores

Guillermo Raúl Vera-Duarte Cátedra de Oftalmología, Hospital de Clínicas, Universidad Nacional de Asunción, Paraguay
Martín Fernando Arrúa-Caballero Cátedra de Oftalmología, Hospital de Clínicas, Universidad Nacional de Asunción, Paraguay
Enrique Escurra Meza Cátedra de Oftalmología, Hospital de Clínicas, Universidad Nacional de Asunción, Paraguay
Luis B. González-Sanabria Cátedra de Oftalmología, Hospital de Clínicas, Universidad Nacional de Asunción, Paraguay

DOI:

https://doi.org/10.70313/2718.7446.v15.n04.195

Palavras-chave:

rosácea ocular, pediatria, perfuração da córnea

Resumo

Objetivo: Apresentar o caso de um paciente pediátrico com perfuração de córnea devido a complicações de rosácea ocular.

Caso clínico: Paciente de sexo feminino, 9 anos de idade, com história de mancha marrom e desconforto no olho direito com uma semana de evolução. Melhor acuidade visual corrigida (AV) do olho direito (OD) para movimentos de mãos e do olho esquerdo (OE) 20/20. O exame com lâmpada de fenda no OD revelou blefarite intensa, telangiectasias importantes no rebordo palpebral, secreção aquosa, congestão mista moderada, pannus superior, neovascularização significativa na metade inferior da córnea com acentuado afinamento da córnea, área de infiltrado paracentral inferior com Fusão de 4 mm, perfuração de 3 mm de diâmetro com prolapso de íris, câmara anterior em atalamia, sem evidência de maiores detalhes. No OE, blefarite leve, telangiectasias importantes no rebordo palpebral, secreção aquosa, conjuntiva bulbar levemente hiperêmica, córnea transparente, câmara anterior formada, íris intacta e pupila redonda, cristalino transparente. O exame físico revelou eritema em ambas as bochechas. Assim, fica estabelecido o diagnóstico de rosácea ocular complicada por perfuração corneana do OD.

Conclusão: A rosácea ocular é uma doença frequentemente negligenciada pelos oftalmologistas, principalmente em crianças e quando as manifestações cutâneas ainda não são evidentes. Este caso demonstra que a rosácea ocular pode ter consequências graves, levando até à cegueira na população pediátrica.

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