Impacto ambiental de um programa de teletriagem de retinopatia diabética na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.70313/2718.7446.v17.n01.288Palavras-chave:
retinopatia diabética, telemedicina, poluição ambiental, pegada de carbono, aquecimento globalResumo
Objetivo: A expansão global dos programas de teletriagem da retinopatia diabética demonstrou a sua eficácia em diversas regiões; no entanto, o seu impacto ambiental continua insuficientemente examinado. Este estudo teve como objetivo quantificar a diminuição das emissões de carbono atribuíveis à implementação de um programa de teletriagem para retinopatia diabética em La Pampa, Argentina.
Materiais e métodos: Utilizando um desenho descritivo comparativo, este estudo avaliou as emissões de equivalentes de dióxido de carbono (eqCO2) geradas pela movimentação de pacientes com e sem operação do programa. Uma câmera retinal móvel foi utilizada para examinar pacientes em 60 localidades rurais, classificando as imagens obtidas em “refernciáveis” e “não referenciáveis” para posterior avaliação oftalmológica presencial em casos selecionados. As emissões foram estimadas comparando o eqCO2 produzido pelo programa versus aquele emitido pelos pacientes quando se deslocam até o centro oftalmológico mais próximo por meios convencionais.
Resultados: Sem a intervenção do programa, as emissões por paciente foram estimadas em 63 kg de eqCO2, enquanto a sua implementação reduziu esse valor para um intervalo entre 4 e 18 kg por paciente. Durante os anos de 2019, 2020 e 2021, foi alcançada uma redução nas emissões por paciente de 45 kg, 41 kg e 62 kg, respetivamente, resultando numa diminuição absoluta das emissões de 166 toneladas, 28 toneladas e 161 toneladas de eqCO2 por ano, respectivamente.
Conclusão: A implementação do programa de teletriagem para retinopatia diabética em La Pampa demonstrou uma redução significativa nas emissões de eqCO2, ressaltando a importância de considerar o impacto ambiental na prática oftalmológica. Este estudo destaca o potencial das intervenções de telemedicina para contribuir para a sustentabilidade ambiental no setor da saúde.
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