Corpo estranho intraorbitário: estudo retrospectivo de série de casos

Resumo

Objetivo: Descrever as principais características dos corpos estranhos intraorbitários, seu manejo e sua resolução.

Materiais e métodos: Estudo retrospectivo de uma série de casos em um único centro hospitalar na Argentina, de pacientes com corpos estranhos intraorbitários que compareceram ao pronto-socorro em dezembro de 2021. Os principais parâmetros a serem avaliados foram: sexo, idade, tempo decorrido até seu controle, tipo de corpo estranho, características clínicas de apresentação, estudos complementares de diagnóstico, resolução terapêutica e resultado visual dos pacientes.

Resultados: Foram incluídos 5 casos de homens com idade média de 48,8 ± 17,2 anos (31-68). O tempo médio decorrido até a consulta foi de 5,05 ± 6,1 dias (0,25-15). A acuidade visual inicial e final era amaurose em 3 casos. Nos outros dois, em um ele melhorou de 2 para 10 décimos e no outro de conta dedos para 1 metro para 6/10, ou seja, 6 décimos. Os materiais dos corpos estranhos encontrados foram: madeira, plástico, vidro e metal. Em todos os casos, os pacientes foram avaliados com tomografia computadorizada, todos foram internados e operados.

Conclusão: Corpos estranhos intraorbitários ocorreram em homens de meia-idade e na maioria deles geraram grave comprometimento da capacidade visual. A hospitalização e posterior resolução cirúrgica foram necessárias para o seu manejo. A tomografia computadorizada foi o método diagnóstico complementar utilizado em todos os casos. Ressalta-se a importância de uma equipe multiprofissional nos serviços de saúde com capacidade adequada para o manejo desses pacientes.