Comprometimento da retina e da medula no feocromocitoma

um desafio diagnóstico

Autores

  • Julieta Celeste Albornoz Servicio de Neurología, Hospital San Martín, Paraná, Entre Ríos, Argentina
  • Amelia Pinheiro Servicio de Neurología, Hospital San Martín, Paraná, Entre Ríos, Argentina
  • Marcelo Chaves Servicio de Neurología, Hospital San Martín, Paraná, Entre Ríos, Argentina

DOI:

https://doi.org/10.70313/2718.7446.v16.n02.233

Palavras-chave:

feocromocitoma, retinopatia hipertensiva, estrela macular, papiledema

Resumo

Objetivo: Presentar un caso clínico de feocromocitoma con compromiso retinal y medular, y revisar la relevancia del enfoque interdisciplinario para su diagnóstico y tratamiento.

Objetivo: Apresentar um caso clínico de feocromocitoma com comprometimento retiniano e medular e revisar a relevância da abordagem interdisciplinar para seu diagnóstico e tratamento.

Caso clínico: Mulher de 15 anos consultada por diminuição súbita da acuidade visual e cefaleias com 3 meses de evolução. Observou-se papiledema bilateral e foi solicitada ressonância magnética cerebral com suspeita de hipertensão intracraniana. Uma área hiperintensa foi detectada na junção bulbomedular. Foi complementada com ressonância cervical, de modo a obter achados compatíveis com doença desmielinizante e estabelecer o provável diagnóstico de neuromielite óptica. Durante a evolução ele apresentou hipertensão arterial grave. O caso foi reavaliado e observou-se acometimento retiniano em fundo de olho (estrela macular bilateral), reinterpretando o quadro como retinopatia hipertensiva, sendo buscadas causas secundárias. Em novo questionamento, foi destacado histórico compatível com feocromocitoma: cefaléia, palpitações e sudorese. A ultrassonografia e a ressonância magnética de abdome detectaram lesão e níveis elevados de catecolaminas na urina e no soro, o que confirmou o diagnóstico. A pressão arterial foi verificada e duas semanas depois o tumor foi removido.

Conclusão: O diagnóstico de feocromocitoma pode ser complexo; é necessária uma abordagem interdisciplinar para avaliar as diferentes expressões clínicas e também realizar o tratamento correspondente.

Referências

Neumann HPH, Young WF Jr, Eng C. Pheochromocytoma and paraganglioma. N Engl J Med 2019; 381: 552-565.

Farrugia FA, Martikos G, Tzanetis P et al. Pheochromocytoma, diagnosis and treatment: review of the literature. Endocr Regul 2017; 51: 168-181.

Farrugia FA, Charalampopoulos A. Pheochromocytoma. Endocr Regul 2019; 53: 191-212.

Younes S, Abdellaoui M, Zahir F et al. Bilateral stellate neuroretinitis revealing a pheochromocytoma. Pan Afr Med J 2015; 20: 13.

Carrasquillo JA, Chen CC, Jha A et al. Imaging of pheochromocytoma and paraganglioma. J Nucl Med 2021; 62: 1033-1042.

Takahashi K. Adrenomedullin from a pheochromocytoma to the eye: implications of the adrenomedullin research for endocrinology in the 21st century. Tohoku J Exp Med 2001; 193: 79-114.

Guilmette J, Sadow PM. A guide to pheochromocytomas and paragangliomas. Surg Pathol Clin 2019; 12: 951-965.

Lee AG, Beaver HA. Acute bilateral optic disk edema with a macular star figure in a 12-year-old girl. Surv Ophthalmol 2002; 47: 42-49.

Gocmen R, Ardicli D, Erarslan Y et al. Reversible hypertensive myelopathy-the spinal cord variant of posterior reversible encephalopathy syndrome. Neuropediatrics 2017; 48: 115-118.

McKinney AM, Short J, Truwit CL et al. Posterior reversible encephalopathy syndrome: incidence of atypical regions of involvement and imaging findings. AJR Am J Roentgenol 2007; 189: 904-912.

Publicado

2023-06-28

Como Citar

[1]
Albornoz, J.C., Pinheiro, A. e Chaves, M. 2023. Comprometimento da retina e da medula no feocromocitoma: um desafio diagnóstico. Oftalmología Clínica y Experimental. 16, 2 (Jun. 2023). DOI:https://doi.org/10.70313/2718.7446.v16.n02.233.

Edição

Secção

Casos Clínicos