Gênese do ceratocone, a “neuromia” melhor guardada: uma visão neuroquímica e neurodegenerativa
DOI:
https://doi.org/10.70313/2718.7446.v13.n4.32Palavras-chave:
ceratocone, fisiologia, fisiopatologia, neurodegeneração, inervação da córneaResumo
O esfregar vigoroso do globo ocular pode ser um dos gatilhos mais frequentes —mas nem sempre decisivo— na gênese das ectasias corneanas. Porém, para entendê-lo, deve-se primeiro considerar que a córnea é a estrutura mais densamente inervada do corpo, onde as células são alinhadas ao tecido nervoso amielínico em uma trama guiada por correntes magneto-táxicas, com dois sistemas de condução distintos: o simples arco reflexo —onde o estímulo gera uma resposta eferente— e o arco, onde o estímulo produz inflamação antes de sua resposta. Isso é semelhante ao que acontece nos brônquios, pulmões e intestinos, onde a inflamação medeia na direção do estímulo eferente, que poderia ser o estímulo inicial do processo que finalmente gera a fricção ocular, de forma semelhante ao que é produzida a tosse ou o aumento da velocidade do trânsito intestinal.
Quando os estágios da ectasia progridem, é evidente a desorganização, ruptura do plexo sub-basal e metabólitos produto da neurodegeneração. Para melhorar o diagnóstico e o tratamento futuro, será necessário identificar quem lidera essas alterações que afetam e se expressam com as alterações estruturais do colágeno da córnea.
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