Hamartoma astrocítico retiniano bilateral em neurofibromatose tipo 2

relato de caso

Autores

  • Camila Casas Hospital Bernardino Rivadavia, Buenos Aires, Argentina
  • Esteban Virguez Hospital Bernardino Rivadavia, Buenos Aires, Argentina

DOI:

https://doi.org/10.70313/2718.7446.v16.n04.266

Palavras-chave:

neurofibromatose, hamartomas astrocíticos, retina, CHRRPE

Resumo

Objetivo: Apresentar o caso clínico de um paciente com neurofibromatose tipo 2 que apresentava hamartomas astrocíticos retinianos bilaterais sem sintomas acompanhantes.

Caso clínico: Paciente de 24 anos com diagnóstico de neurofibromatose tipo 2 e história de múltiplas cirurgias para schwannomas ao nível do seio cavernoso (2001), ao nível cervical (2010) e atualmente com tumor na órbita esquerda nível (2021). O exame oftalmológico mostrou acuidade visual no olho direito (OD) não corrigido de 20/20 e no olho esquerdo (OE) melhor corrigido (-2,50 -2,00 x 160) com boa projeção luminosa. Motilidade ocular preservada em OD, mas em OE apresentava oftalmoplegia completa e ptose. A biomicroscopia mostrou pupila reativa em OD e pupila hiporreativa em semimidríase em OE; sem presença de nódulos de Lisch em ambos os olhos ou outras peculiaridades. Pressão intraocular de 10 mmHg em AO. No fundo, observou-se papila normal em OD e palidez inferior em OE, com lesão foveal esbranquiçada-acinzentada em OD e lesão parafoveal em OE. Optou-se pela realização de tomografia de coerência óptica macular em ambos os olhos. Com base na sua aparência e história, o diagnóstico de hamartomas retinianos bilaterais foi estabelecido sem impacto na acuidade visual.

Conclusão: A neurofibromatose tipo 2 pode apresentar hamartomas astrocíticos retinianos como achado incidental no fundo, sendo muito rara a sua progressão e a ocorrência de complicações, como ocorreu neste caso.

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Publicado

2023-12-20

Como Citar

[1]
Casas, C. e Virguez, E. 2023. Hamartoma astrocítico retiniano bilateral em neurofibromatose tipo 2: relato de caso. Oftalmología Clínica y Experimental. 16, 4 (Dez. 2023), e411-e416. DOI:https://doi.org/10.70313/2718.7446.v16.n04.266.

Edição

Secção

Casos Clínicos