Estudio retrospectivo de queratitis infecciosas durante la pandemia del coronavirus
DOI:
https://doi.org/10.70313/2718.7446.v15.n04.193Palavras-chave:
ceratite infecciosa pandêmica, coronavírus, SARS-Cov 2, epidemiologiaResumo
Objetivo: Avaliar as características clínicas e microbiológicas das ceratites infecciosas tratadas durante o ano da pandemia do coronavírus.
Materiais e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de uma série de casos de pacientes com ceratite infecciosa, atendidos em um hospital oftalmológico público da cidade de Buenos Aires entre março de 2020 e março de 2021. Aspectos demográficos, fatores de risco, características clínicas, tratamento e evolução foram avaliados.
Resultados: Foram incluídos 172 pacientes, sendo 89 abscessos grau II e 78 grau III, sendo os 5 restantes grau I. O hipópio ocorreu em 98 casos. O tempo decorrido entre o início dos sintomas e a primeira consulta foi de 9,1 dias, durante os quais 101 casos fizeram uso empírico de antimicrobiano tópico profilático. Da mesma forma, um diagnóstico laboratorial positivo foi obtido em 111 casos, onde o patógeno mais frequente foi Pseudomonas seguido de Staphylococcus aureus. 47 (27,3%) coberturas conjuntivais foram feitas (7 com remendo escleral) e 9 dos 172 casos (5,2%) necessitaram de evisceração. Resolveram com sequela estrutural (leucoma/pannus) 112 (65,1%) e apenas 3 olhos do total (1,7%) obtiveram recuperação sem sequelas.
Conclusão: A maioria das infecções de córnea foram casos graves que terminaram com sequelas estruturais e funcionais. Uma positividade de 65% foi encontrada nas amostras laboratoriais e a Pseudomonas foi o mais frequente seguido de Staphylococcus aureus. Estudos futuros permitirão comparar esses dados para entender se a pandemia influenciou de alguma forma.
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