Glaucoma primário de ângulo aberto em síndrome de morning glory bilateral
DOI:
https://doi.org/10.70313/2718.7446.v13.n4.37Palavras-chave:
displasia papilar, síndrome de morning glory bilateral, glaucoma primário de ângulo aberto, retinosquise macularResumo
Objetivo: Apresentação de um paciente com glaucoma crónico primário de ângulo aberto associado a síndrome de morning glory bilateral.
Caso clínico: Paciente de sexo masculino que consultou por diminuição de visão próxima. Referiu que nunca teve boa visão com o olho esquerdo e não tinha antecedentes pessoais em familiares patológicos de relevância. Ao exame físico apresentou uma acuidade visual no olho direito (OD) de 20/20 sem correção, e no olho esquerdo (OI) 20/200 sem correção, que não melhora com correção. Sua refração objetiva era de: -0,25 -0,50 165° em OD e em OI de -0,50, a pressão intraocular era de 25 mmHg ambos os olhos, o ângulo era aberto (grado IV) observando-se todas as estruturas, com escasso pigmento no trabeculado. Ao fundo de olhos se observou em ambos os discos ópticos estrutura compatível com síndrome de morning glory e defeito no brilho macular. A OCT mostrava retinosquise em ambos os olhos com desprendimento da camada plexiforme interna com maior compromisso em olho esquerdo. Decidiu-se tratamento com hipotensores, análogo de prostaglandinas, conduta expectante de evolução macular e seguimento de glaucoma com retinografia color.
Conclusão: Descrição de um caso de síndrome de morning glory, displasia de baixa incidência, pouco frequente em sua apresentação bilateral e menos frequente ainda por tratar-se de um paciente de sexo masculino. Por outro lado, a associação com glaucoma primário de ângulo aberto limita seu seguimento pelas diferenças anatómicas da papila, com os nervos ópticos incluídos na base normativa dos métodos complementários utilizados para o seguimento do glaucoma e toma de decisões terapêuticas.
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